sexta-feira, 12 de junho de 2009
O robot do Passado
O robot do Passado
Há algum tempo, em Inglaterra vivia um jovem mago chamado Merlin, que passava a sua vida a praticar feitiços que desenvolvia.
Um dia ele recebeu uma carta de um cientista que dizia para ele parar de fazer experiências senão ele poderia fazer com que algo de mal acontecesse.
Merlin não ligou muito àquela carta, pois já não era a primeira que recebia daquele remetente.
Então um dia Merlin decidiu experimentar um feitiço que acelarava o tempo, mas esse feitiço correu muito mal, pois ele tinha enviado o rei e a rainha para o futuro, e o pior daquilo tudo é que eles ao irem para o futuro iriam pensar que eles mandavam naquela região.
Então Merlin teve que arranjar uma solução rapida para ir buscar o rei e a rainha que enviara para o futuro. Foi então que teve uma grande ideia. Foi buscar um robot que tinha construido há algum tempo e programou-o para ir buscar o rei e a rainha ao futuro.
Depois de programar o robot e dizer-lhe que enfrentaria alguns perigos e que o rei e a rainha não iriam voltar de livre vontade, foi então que Merlin deu um pergaminho ao robot e pegou no seu livro de feitiços para repetir as palavras que tinham feito o problema em que se tinha metido.
Instantes depois o robot tinha desaparecido da sala escura onde Merlin estava e tinha viajado no tempo para um canil.
O robot achou estranho ter aparecido ali, então abriu o pergaminho que Merlin lhe tinha dado e reparou que aquilo era um enigma. O robot confuso tentou perguntar às pessoas que se encontravam no canil se sabiam o significado daquele enigma, mas as pessoas afastavam-se dele com muito medo, o robot já desanimado dirigiu-se para a porta da saída, até que ouviu uma voz.
-Precisas de ajuda?-perguntou um cão, castanho com grandes orelhas e um focinho comprido.
-Sim preciso, podias ajudar-me a decifrar esta enigma?-respondeu o robot.
O cão deu uma olhadela para o pergaminho e disse:
-Hum...talvêz te possa ajudar, acho que sei onde isto te pede para ir.
O cão levou o robot até ao castelo de Notinghon, que era um castelo em ruinas, que se situava em cima de uma grande montanha.
-Vamos ter de subir isto tudo?-perguntou o robot.
-Sim, e não vai ser fácil.
O cão e o robot começaram a subir a montanha, primeiro tiveram de passar por uma zona estreita e depois tiveram de enfrentar os ventos fortes que se sentiam na zona mais alta da montanha.
-Finalmente chegámos.-disse o cão.
-Ainda bem, as minhas pernas de metal já tavam a congelar.
O robot já determinado em falar com o rei e com a rainha abriu o portão de entrada do castelo e subiu as escadas que davam para a sala de trono. Quando ele abriu a porta da sala do trono ficou maravilhado. As paredes eram bordadas de ouro e as mesas feitas de prata o que dava um ar brilhante à sala. No meio encontrava-se o trono onde se encontravam o rei e a rainha a olhar para ele.
-Suas majestades voltem comigo para o passado, vocês não pertencem a esta era.-Disse o robot com confiança.
-Quem és tu?-perguntou o rei.
-Sou, bem eu não sei o meu nome, mas fui enviado por Merlin para vos vir buscar.
-Vieste em vão, pois nós não acreditamos em ti. E é por isso que agora vais lutar contra mim num duelo de espadas.
-Sua majestade eu não que...-disse o robot até receber uma espada.
Por favor oiça-me eu...-foi interrompido pelo rei, pois ele teve de efectuar um passo à rectaguarda para não levar um corte na barriga.
Foi então que o robot teve uma ideia, ele pensou que se derrotasse o rei e o ameassasse, ele iria obedecer-lhe.
Houve várias trocas de golpes até que finalmente o robot conseguiu derrotar o rei.
-Agora ouçam-me eu vou efectuar um feitiço que vos vai levar ao passado por isso não se mexam ou morrerão.
O robot disse as palavras que formavam o feitiço, e foi então que eles tinham sido levados do futuro para o passado.
Eles encontravam-se agora no castelo do rei e da rainha no passado, onde Merlin os esperava.
-Muito bem robot foste o nosso herói!-disse Merlin muito contente.
-Acho que, devo umas explicações suas majestades.-disse Merlin com receio.
-Com que então era verdade o que nos tinhas dito robot, aceita as nossas desculpas por favor.-disse o rei.
-Acho que devemos comemorar isto com uma grande festa, não achas querido?-perguntou a rainha.
-Muito bem, mandem preparar uma grande festa em memória deste robot!-mandou o rei.
E foi assim que o robot do passado salvou os reis do futuro!
FIM
Realizado por: Vasco Oliveira nº25 10ºB
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Quinta Vitalis Corrigida
quarta-feira, 3 de junho de 2009
O que nos traz uma ferida
Este é o texto da aluna Beatriz Teixeira Lopes
O que nos traz uma ferida
Numa época em que tudo era um conto de fadas e o mundo era habitado por anões, nasceu em Verona o príncipe mais belo de toda a história, Tomás. Este pequeno príncipe anão recém-nascido era filho dos reis da própria cidade, Verona, da rainha Leonor e do rei Henrique.
Quando Tomás nasceu o reino enfrentava uma grave crise económica, os reis teriam então de vender o reino ou serem mortos pela população, que se sentia revoltada por terem chegado até àquele ponto. Os reis encontravam-se em completa euforia, sem saberem o que fazer, quando receberam uma proposta da feiticeira. A feiticeira Tatiana propôs aos reis que continuassem a viver no castelo, contudo eles teriam de lhe prometer a mão do seu filho. Os reis não queriam prometer uma coisa dessas, pois o seu filho perfeitinho e belo, mas Tatiana prometeu transformar-se em bebé e desenvolver-se à medida dele, contudo continuava a ser a feiticeira e os reis tinham de lhe obedecer. Como estavam desesperados os anões aceitaram a proposta, em dar a mão do seu filho e trabalharem para a feiticeira.
À medida que Tomás e Tatiana se desenvolviam, ela ia preparando feitiços para ninguém se aproximar dele e ele, sem saber a verdadeira identidade dela, começava a amá-la.
Numa certa manhã, escura e fria, Tomás chorava desesperadamente, a sua mãe, a rainha Leonor morre. Tatiana aproximou-se dele, e este contou-lhe o que se sucedera e que, antes de a mãe partir, fê-lo prometer que procuraria por as três cidades, Paris, Atenas e Varsóvia, o cavalo branco mais bonito, e que só depois de o ter, poderia casar com o seu verdadeiro amor, contudo tinha de ter a certeza pois na vida nem tudo é o que parece. A feiticeira ficou intrigada, pois se ele encontrasse esse cavalo branco o feitiço iria desfazer-se. Ela voltaria a ter corpo de feiticeira e ele nunca casaria com ela. Então Tatiana diz-lhe que o ama e pergunta-lhe se ele também a ama. Ele responde-lhe com uns olhos arregalados que a amará eternamente, mas que cumprirá o que sua mãe lhe pediu.
No dia seguinte o príncipe parte para Paris. Quando Tomás chega a Paris recebe uma caixa de cartão com uma pista, uma ferradura e com uma carta que dizia o seguinte: ‘’Caro príncipe Tomás, viemos por este meio pedir desculpas pelo impacto, mas já não existem cavalos dos que procura nesta cidade, é favor dirigir-se para a próxima. Obrigado pela compreensão, Alguém que encontrará na lâmpada…’’
Ao ler isto, o príncipe expressa curiosidade, e parte para Atenas. Quando chega a Atenas, o belo anão tenta repousar um pouco, apreciando aquela bela paisagem. O príncipe decidiu ir dar um passeio pela praia, pois ouviu dizer que era óptima para quem queria repousar de uma longa viagem. Ao descalçar-se na areia, Tomás repara numa lamparina, pega nela e sopra para libertar fragmentos de pó presentes nela, de lá sai uma espécie de génio. O génio explica-lhe a verdade sobre Tatiana e que se este encontrar o cavalo branco e lhe oferecer a esta, os feitiços que ela fizera desaparecerão. Também lhe explica o facto de ele receber uma caixa quando chegou a Paris. O génio aconselha Tomás a partir em breve, pois terá algumas surpresas.
Dois dias depois o anão parte de novo em viagem, desta vez para Varsóvia. Na chegada a Varsóvia, o príncipe foi ferido numa perna, pois esta cidade encontrava-se em guerra. Ao ser socorrido, ele foi levado para o palácio pelo rei, pois o rei já tinha sido avisado que receberia o príncipe de Verona. O príncipe foi instalado no melhor quarto do palácio, com tudo a seu dispor e com tratamentos feitos por uma das princesas, filha do rei de Varsóvia. Após uma semana, Tomás e a princesa Maria, foram desenvolvendo as conversas com temas do passado e sobre a evolução das melhoras da ferida do anão, e os dois desenvolveram uma pequena paixoneta secreta.
Quando Tomás recupera, o rei disponibiliza-lhe algumas ofertas, mas só pode escolher uma delas. As ofertas eram as seguintes: a mão de uma das princesas, um reino ou um cavalo branco. Tomás fica a pensar durante algum tempo, pois se escolhesse ficar com a princesa com quem mantinha uma paixoneta, não se iria ver livre de Tatiana, mas se escolhesse o cavalo podia voltar para a levar consigo.
Tomás falou com Maria e ela concordou que ele levasse o cavalo, mas quando tudo tivesse resolvido voltasse para a buscar na Primavera.
O anão apareceu em Verona com o seu objectivo cumprido, para infelicidade de Tatiana. Tomás oferece à feiticeira o cavalo branco mais bonito que encontrou, e ela começa a ficar rugosa e feia como uma feiticeira. Os guardas tentam segura-la para a prenderem mas ela consegue escapar. Ao tentar fugir da cidade, a feiticeira cai num precipício, que tinha montado para atirar alguma paixão do anão.
Ao florir das flores, Tomás parte em busca da sua amada. Quando lá chega pede a sua mão em casamento. Maria e Tomás partem para a cidade de Verona, onde se casam. Os dois pensam como Tomás foi obtuso, pois foi preciso viver esta intensa viagem para descobrir quem era a Tatiana, com quem tinha convivido tanto tempo.
Tomás e Maria viveram felizes para sempre com muitos filhos…
terça-feira, 2 de junho de 2009
Conto
Era uma vez, numa floresta encantada uma criatura muito falada mas pouco vista, um gigante. O seu nome era Pherbs e vivia numa casa feita por si com muito trabalho, junto ao lago. Era uma casa humilde e convidativa onde vivia ele e o seu grande amigo, o pequeno gnomo, ou Gil, como era mais conhecido. Os dois passavam os dias a comer, a passear e a explorar a imensa floresta encantada onde viviam.
Certo dia, quando já tinham dado o seu passeio de rotina, Gil lembrou-se de um livro que o seu tetra tetra avô escrevera e que passara de geração em geração. Como Gil era o mais novo da ultima geração o livro estava consigo.
Quando o encontraram no baú coberto de pó abriram-no e leram o seu titulo ficaram logo entusiasmados.
- Ma…map…mapo.. – leu Pherbs com muita dificuldade.
-Mapa, lê-se mapa. Mapa do tesouro dos gnomos – corrigiu e leu Gil.
-Então, pelo que entendi a tua família tem um tesouro escondido – disse Pherbs
-Exacto. E sabes que mais? Vamos encontrá-lo juntos. Fazer uma exploração a sério como o Indiana Jones – exclamou Gil com grande entusiasmo.
Concordando, Pherbs ocupou-se a arranjar as malas enquanto que o pequeno gnomo começou a ler o livro.
Partiram então numa grande aventura dispostos a enfrentar todos os perigos e as noites escuras que existem na floresta encantada.
-Sabes Gil, com tanto entusiasmo e alegria que tu mostras com esse sorriso cativaste- - me e estou desejoso de chegar ao tesouro.
-Pois, sabes, quando se tem amigos como tu é impossível não estar alegre e com um tesouro para descobrir a vontade de explorar enche o nosso espírito.
Começou a escurecer na floresta e o gigante começou a ficar com medo. Decidiram então descansar durante a noite numa gruta escura e húmida onde se ouviam gotas a cair do tecto e o canto do vento a passar, o que ainda assombrava mais o gigante.
Pherbs não conseguia dormir e começou a ouvir passos a meio da noite. Acordou Gil, que muito chateado perguntou qual a razão do gigante ter interrompido o seu belo sono. Quando o seu companheiro lhe disse o que tinha ouvido ele mandou-o dormir afirmando que eram invenções da sua cabeça e confortou-o dizendo para não ter medo pois ele o protegeria de o que quer que fosse que os desafiasse.
Quando acordaram de manhã depararam-se com uns gigantes olhos pretos, uma boca enorme pronta para saborear duas guloseimas para o pequeno-almoço e umas garras tão grandes e tão afiadas que fizeram as pernas de Pherbs estremecer.
Com o tremer das pernas de Pherbs a gruta começou a abanar. Cheio de medo, Gil fugiu o mais rápido possível mal sentiu o bafo da boca do gato malhado que os queria comer.
Já fora da gruta os dois amigos olharam para ela e ainda conseguiam ver uma orelha do animal a mexer, aí começaram a correr ainda mais depressa e, quando já estavam bem longe pararam para recuperar o fôlego.
-Com que então protegias-me de tudo não é? – perguntou o gigante a Gil com um sorriso irónico.
-Bem, o que eu queria dizer na verdade era qualquer coisa, mas que fosse proporcional ao meu tamanho e que não metesse tanto medo. – respondeu o gnomo com um sorriso amarelo a querer surgir.
Continuaram então o seu caminho em direcção à montanha onde se encontrava o pote com ouro da família de Gil.
No outro canto da floresta está um ogre e o seu compincha gafanhoto que já há muito tempo desejam o pote com ouro. Fizeram de tudo às outras gerações de gnomos que tinham o livro com as indicações, até chegaram a torturar com cócegas a geração anterior à do grande amigo do gigante.
Nunca ninguém se havia aproximado do ogre. Todos tinham medo. Não dele mas que a sua beleza horrorosa fosse contagiosa.
Quando os dois compinchas souberam que o gnomo estava em busca do tesouro decidiram espontaneamente sair para impedir que ele o encontrasse.
Prepararam tudo à pressa e fizeram-se à estrada. Passadas algumas horas o gafanhoto começa a sentir um vazio no seu grande estômago. Pede ao ogre que lhe dê qualquer coisa para comer mas, quando o ogre olha para dentro da mala apenas vê um enorme rasgão no seu fundo. Com tanta pressa nem repararam que a mala que levaram era a que estava estragada. Com a ambiguidade de obter o tesouro nem voltaram para apanhar o que havia caído. Passaram dias e noites e eles sem nada para comer, até que, a dada altura, um desconhecido os chamou e ofereceu um gigantesco banquete que se estendia ao longo de uma mesa de madeira com vários metros de comprimento. Mesa essa cheia de frangos do tamanho de vacas, porcos tão rechonchudos como os troncos das mais grossas árvores da floresta encantada e muitos outros alimentos exageradamente grandes.
-Esta comidinha está mesmo boa! – exclamou o ogre.
-Podes ter a certeza. Nem sei por onde começar. Ah! Já sei. Podes passar-me o frango por favor? Mas escusas de pensar em tirar um bocadinho que seja. Não quero que me estragues as entradas. – Respondeu o gafanhoto.
-Entradas? Isso para mim dá para entradas, para prato principal e saídas. – advertiu o ogre.
-Sobremesa meu burro, sobremesa. Tenho que te ensinar tudo, está visto. – corrigiu o pequeno animal.
Passados alguns minutos e depois de desaparecer muita comida para a barriga dos vilões o desconhecido gigante exclamou:
Bem, já comeram e agora está na hora de dormir. O veneno deve fazer efeito em 3…2…1, já!
No momento em que o gigante diz “já” os dois compinchas caem no chão e lá ficam por várias horas.
-Ainda falta muito? – Perguntou o gigante pela milionésima vez ao gnomo.
-Não. Já estamos quase a chegar – informou o pequeno amigo.
À medida que eles andavam a montanha ia ficando cada vez mais nítida, aumentando a sua vontade de chegar lá. Pelo menos a do grande explorador, o pequeno gnomo, já que o gigante se começava a queixar das pernas. Decidiram então acampar ali, exactamente onde estavam pois Pherbs não aguentava mais. Adormeceram então e desta vez nenhum barulho iria deixar o gigante com insónias, pois cansado como ele estava mal se deitou começou logo a ressonar e só acordou quando tinha todas as forças totalmente recuperadas.
No dia seguinte continuaram a sua caminhada cheios de energia e de alegria mas, como o gigante tinha voltado ao seu estado natural qualquer barulho, por muito baixinho que fosse, assustava o grande medroso.
-Finalmente! – exclamou Gil.
-Gil, acho que ouvi qualquer coisa a mexer atrás daquele arbusto – disse Pherbs muito assustado.
-Olha, cala-te e vai ler o que diz aquela tabuleta – ordenou o pequenote.
-Mon...monta…monta me…monta me por…monta me por cima – leu o gigante.
-O quê? O que é que estás para aí a dizer? Montanha por cima – corrigiu Gil vendo a tabuleta e uma seta a apontar para cima.
Prepararam o seu material de escalada e puseram-se a caminho.
Quando acordaram, o ogre e o seu compincha rapidamente começaram a correr em direcção à montanha para impedir que o gnomo ficasse com o ouro.
Apanharam boleia de um cavalo que ia a passar, mas este apenas deu boleia ao pequeno gafanhoto pois não deixou uma coisa tão feia como aquela andar no seu dorso. Assim sendo o feio animal aproveitou a boleia de um rinoceronte que ali passava. Surpreendentemente o rinoceronte chegou antes que o cavalo à montanha, mas, numa floresta encantada tudo pode acontecer.
Ao olharem para cima avistaram os dois amigos que iam em busca do ouro. Sem terem a sua mala não tinham material de escalada, o que era preocupante mas, ao olharem para o lado viram umas escadas de madeira e cordas que cercava a montanha até ao topo e ficaram a olhar um para o outro como que a perguntar por que carga de água estavam aqueles dois a ter tanto trabalho.
Subiram, e quando chegaram ao pé do gnomo e do gigante que já tinham encontrado o pote, já cansados, ordenaram que lhes dessem o livro e o ouro. Os dois amigos sem saberem como fugir olharam à sua volta à procura de uma solução até que…Miau! Surge um gato malhado do topo da montanha à procura do gigante que lhe parecia tão delicioso. O gato, ao olhar para o ogre que estava junto do seu almoço assustou-se e começou a fugir. O gnomo agarrou no ouro e no gigante e puxou-o para cima do gato malhado, aproveitando a boleia para o fundo da montanha. Ao chegarem lá a baixo o gato abriu a sua gigante bocarra, que fazia o verdadeiro gigante ficar minúsculo, e dirigiu-se a ele com uma fome imensa, até que, um intenso cheiro lhe chega ao nariz. Um aroma a peixe feito na fogueira com cobertura de molho de rato, lhe despertou a atenção. Era o amigo de Pherbs, Gil, que o salvou de uma digestão incomodativa no estômago do gato.
Ao ouvirem os dois compinchas descerem a montanha aos gritos a ordenarem que lhes dessem o ouro e o livro montaram de novo no gato e fugiram até à humilde casa do gigante onde estava o seu irmão, que havia adormecido os dois vilões, à sua espera com grande parte dos animais da floresta encantada para os felicitar da sua bem sucedida exploração. Fizeram uma grande festa onde todos se divertiram e comeram à farta, mas desta vez sem veneno que os poria a dormir.
O gigante (herói mariquinhas), depois da festa, encarregou-se de esconder num local bem seguro o pote de ouro, enquanto que o gnomo ficou na sua casa a escrever um novo livro com indicações para chegar até ele. Os vilões nunca mais os chatearam pois toda a floresta estava à procura deles para lhes ensinar uma valente lição e assim viveram todos felizes para sempre (com excepção aos vilões).
David Varela nº10 10ºB
Metamorfose
Metamorfose
Era uma vez, uma rapariga órfã que não devia muito à beleza. Desde pequenina que as outras crianças faziam troça dela: “como são cruéis” – pensava Alice. Mas, agora já crescida a situação não se havia alterado, as pessoas da aldeia tinham posto a pobre rapariga de parte por acharem aquela criatura uma aberração da natureza. Alice, vivia assim, triste e solitária, numa pequena casa longe de tudo e de todos, ansiando por uma oportunidade para ser feliz.
Certo dia, Alice decidiu ir apanhar cogumelos à floresta que ficava perto de sua casa. Colocou o seu chapéu de palha na cabeça, calçou as suas socas de madeira, pegou no cesto e lá foi ela, pelos toscos caminhos de terra batida até chegar ao local pretendido. Quando chegou, lá estavam eles, os cogumelos, grandes e apetitosos, eram tantos que ela nem sabia quais escolher para levar. Mais à frente estava o maior de todos, Alice nunca vira nenhum assim. Correu para junto dele e começou a desenterra-lo. De repente deparou-se com uma situação estranha, mesmo por baixo daquele enorme cogumelo estava um papel sujo, amachucado e com um ar muito antigo. Intrigada, retirou-o, limpou-o e mais admirada ficou quando viu que aquele não era um papel normal, era um mapa de um tesouro!
De volta ao seu lar, analisou mais atentamente o mapa que tinha descoberto. Com o auxílio de uma lupa reparou que havia uma pequenina frase. Infelizmente com o passar dos anos as letras tinham-se deteriorado e só com muito esforço, Alice, conseguiu ler: “Juventude e Beleza eterna poderá desfrutar, se o tesouro mágico encontrar”. A rapariga nem queria acreditar que tinha chegado a possibilidade de concretizar um sonho! Porém, mais abaixo lia-se: “ a profecia só se realizará no primeiro dia de Primavera”.
Por momentos esqueceu tudo, estava tão entusiasmada que só depois de lembrou que faltavam apenas três dias para o começo da Primavera. Era muito pouco tempo para atravessar toda a floresta, em direcção à costa até descobrir a gruta onde se encontrava o tesouro. Preocupada com este facto, resolveu que na manhã seguinte iria à aldeia procurar alguém que a ajudasse.
Tal como tinha planeado, Alice, levantou-se cedo e dirigiu-se até à terra que outrora a tinha repudiado. Mal chegou, viu que a tarefa ia ser difícil, as pessoas ao verem-na viravam a cara, baixavam o olhar e faziam comentários maldosos. Contudo, a sua força de vontade era superior a tudo isso, confiante foi batendo de porta em porta, mas em nenhuma obteve resposta…
Já cansada e abatida preparava-se para ir embora, quando sentiu uma mão no ombro. Olhou para trás, um rapaz com ar jovem, vestindo roupas bastante coloridas e originais, sorriu-lhe. Um pouco embaraçada devolveu o sorriso e timidamente perguntou-lhe:
- Quem és tu?
- Peço desculpa se te assustei, não era minha intenção – respondeu o rapaz, tentando acalma-la – Bem, não me apresentei, sou o Artur, mas aqui na aldeia todos me tratam por “papagaio”.
- Papagaio?! – exclamou, muito espantada.
Artur apressou-se a responder:
- Como já deves ter reparado, a minha forma de vestir não é, muito comum! Para além disso, tenho fama de ser muito tagarela.
A rapariga riu-se e tratou de se apresentar:
- Eu sou a Alice, ando à procura de alguém que me ajude a encontrar o tesouro que realizará o meu sonho. Infelizmente, parece que aqui, ninguém me quer ajudar.
Abalada, baixou a cabeça para ele não ver que estava prestes a derramar um mar de lágrimas.
- Não gosto de ver ninguém triste! Vá, cabeça erguida, que para a frente é que é o caminho! – Disse-lhe num tom reconfortante – E, também me parece que já não tens razões para estar assim, acabaste de ganhar um companheiro para essa tua longa viagem em busca do tesouro escondido!
A rapariga ficou radiante, os seus olhos brilhavam, agora, de tanta felicidade.
- Sabes, também já passei por isso. Sempre gostei muito de moda, e o meu sonho era ser um estilista famoso, contudo, as pessoas nunca apoiaram a minha ideia, por acharem pouco viril. Mas, eu não desisti e agora trabalho num atelier na cidade – animou-a, fazendo-a sentir ainda mais esperançosa.
Os dois abraçaram-se e partiram juntos numa caminhada que prometia vir a ser dura.
Bastavam, agora, apenas dois dias, no entanto, a viagem estava a correr muito bem. Durante aquele tempo tinham conversado imenso, e Alice percebeu então, porque o chamavam “papagaio”, à parte disso, aparentava ser boa pessoa!
Entretanto na cidade tinha-se espalhado a notícia de que uma rapariga andava à procura de um tesouro que concedia beleza e juventude eterna a quem o encontrasse. Ao saber disto, Rosa, que se auto-intitulava rainha da moda, mas cujo tempo já tinha passado por ela, encontrando-se actualmente num estado envelhecido, mandou de imediato chamar os seus guarda-costas.
- Dizem por aí, os boatos, que uma tal de Alice anda à procura da fórmula da juventude e beleza. Como sabem já não vou para nova e a minha reputação junto da imprensa também não anda lá muito famosa, por isso, oiçam-me bem: quero que encontrem essa rapariga e me levem até ela. Aquela fórmula tem que ser minha, ouviram?! MINHA! – exclamou irada.
Os guardas nem estremeceram.
- Ah! Só mais uma coisa, não se atrevam a falhar! – Disse-lhes por fim, num tom maléfico.
Após longas horas de caminhada, encontravam-se agora a meio do terceiro dia, muito perto de realizarem os seus objectivos. Alice não podia estar mais confiante, enquanto Artur estava feliz por vê-la assim. No entanto, ambos tinham um mau pressentimento que não conseguiam explicar, sentiam que estavam a ser perseguidos.
De repente, quando menos se fazia esperar apareceram dois homens muito altos e espadaúdos, e por detrás destes estava a “rainha” da moda com um ar emproado.
- Exijo que me dêem o mapa do tesouro! – Gritou ela, arrogantemente, como se fosse a dona do mundo – Se não o fizerem, os meus guarda-costas não vos deixarão prosseguir.
Os dois homens provocavam medo, com toda aquela robustez e altura. A rapariga ficou assustada vendo o seu sonho ir por água abaixo, mas Artur, não!
Num tom desafiante, Artur respondeu-lhe:
- Não vos daremos o mapa! Se o quiserem, terão de lutar. Proponho um combate!
Alice nem queria acreditar no que acabar de ouvir. Aflita sussurrou ao ouvido do amigo:
- Mas tu estás maluco?! Já viste o tamanho daqueles dois? Sabes que a violência não leva a lado nenhum. Desiste já dessa ideia!
- Calma, confia em mim – sossegou-a.
Irrequieta, Rosa, a rainha, aceitou de imediato a proposta, pensando que ia ganhar. Porém, o rapaz reformulou a questão:
- Não é um combate qualquer, é uma prova sobre moda! O que me diz? Sendo rainha, não deve ter problemas em aceitar, não é verdade?
- Claro que não rapazolas, por quem me tomas? É evidente que aceito!
Ao fim de algumas horas, de muito esforço e suor, a rainha foi destronada pela completa sabedoria de Artur. Alice pulava de alegria, contudo, já era tarde e tinham que se despachar.
Ao avistarem a gruta, correram até lá e entraram. A rapariga não se conteve, os seus olhos acumularam-se de água, e começou a chorar de felicidade ao ver o tesouro junto a si. Encheu-se de coragem, susteve a respiração, e abriu a tampa da arca, era agora ou nunca!
Foi então que Alice ergueu um espelho. Olhou-o fixamente, e não viu apenas o reflexo da sua face. Viu uma nova rapariga. A pequena e ingénua Alice tinha desaparecido. Estava ali uma nova mulher, confiante, forte e corajosa. Tinha mudado, não por fora, mas por dentro!
Saíram da gruta e sentaram-se na areia a observar o mar, enquanto o sol se punha.
- Estás muito calado, nem parece teu – disse Alice muito calmamente.
- Durante esta viagem, tenho andado para te dizer uma coisa…
- Então, agora tens a tua oportunidade, conta-me lá o que me querias dizer.
- Sabes, isto não nada é fácil – Artur sentia as suas faces corarem – A verdade é que estou apaixonado por ti…
A rapariga sorriu-lhe, os dois beijaram-se e selaram o amor que os uniu durante a vigem até ao tesouro.
Entretanto, uma borboleta pousara no ombro de Alice. Era linda, tinha asas grandes e coloridas. Outrora havia sido uma lagarta, depois isolara-se dentro de um casulo e agora, no primeiro dia Primavera, a espantosa criatura libertara-se. Era livre. Tal como Alice era livre para ser feliz!
Novos Contos
Fique atento.
Quinta Vitalis [Corrigido]
Para a produção dos contos da turma, os contos foram condicionados a diferentes informações do tipo: herói, local, indicio, obstáculo, inimigo, amigo, final. Assim cada aluno na aula de Português teve de escolher uns cartões onde se encontravam os condicionantes do conto, portanto cada conto será diferente de acordo com a imaginação de cada aluno e das informações que lhe saíram.
Este é o conto do aluno Carlos Miguel do 10ºB.
Vitalis no Paraíso
No tempo em que ainda existiam Mágicos e Bruxas, havia uma terra chamada Paraíso. Era governada por quatro bruxas, a Bruxa do Norte, a Bruxa do Sul, a Bruxa do Oeste e a Bruxa do Este. Duas destas bruxas são bruxas boas, a do Oeste e a do Este. Cada uma tinha a sua civilização e todas elas queriam ter mais poder. Mas no centro dessa terra havia uma parte neutra, onde viviam os anões. Estes anões eram seres muito sábios e cautelosos, era por isso que as bruxas más do norte e do sul não tentavam apoderar-se das suas terras. Um dia um Mágico já de idade, vindo de muito longe, foi à procura da Qinta Vitalis na terra do Paraíso. A Quinta Vitalis era uma quinta cheia de macieiras, uma vez comida uma maçã daquela quinta qualquer pessoa rejuvenescia dez anos. Mas poucas pessoas conheciam a quinta e as que sabiam recusavam-se a dizer onde ficava.
Quando o Mágico entrou na terra do Paraiso, não sabia onde se encontrava a quinta pois não conhecia nada daquilo, sabia apenas que a Quinta Vitalis ficava no centro da terra do Paraiso.Como não sabia onde se encontrava decidiu dar uma volta à zona em que estava, sentado no seu belo cavalo. Assim avistou uma civilização, onde as cabanas eram feitas de palha e de peles de animais e lá no fundo havia um belo castelo, cheio de guardas com corpos de cebola. Então o Mágico decidiu ir dar uma vista de olhos ao castelo e saber onde se encontrava. Mal chegou perto dos guardas, estes impediram-no de continuar, mas ele, como Mágico, congelou-os num piscar de olhos. Estava tão decidido em encontrar a quinta que não se preocupava com cebolas falantes. Subiu ao terceiro andar do castelo, depois de congelar mais umas quantas cebolas, encontrou uma bruxa. Era a Bruxa má do Sul. Esta bruxa era muito interesseira e mal criada e disse-lhe que só lhe dava informações se ele lhe desse qualquer coisa. E assim foi, tirou do seu bolso uma saqueta com ouro em pó e deu-lhe para a mão visto que tinha de saber onde se encontrava a quinta e os aldeões não sabiam. A bruxa disse-lhe que ele se encontrava na zona sul da terra do Paraíso. E como o Mágico ficou esclarecido, seguiu o seu caminho, desta vez para norte da terra do Paraíso, com o seu cavalo.
Passados dois dias da sua viagem, vendo belos campos e florestas, avistou uma nova civilização. Esta civilização era muito diferente da outra. Nesta habitavam elfos muito ágeis e na sua zona sobressaíam as cores claras como o branco e o verde. As suas casas eram feitas de porcelana com muitos efeitos. Depois de dar várias voltas àquela zona calma, o Mágico viu um belíssimo castelo ainda mais belo que o da civilização do sul, cheio de diamantes e esmeraldas. Neste castelo apenas havia duas elfas à porta, de guarda. Era uma zona muito respeitada e com grande disciplina, onde ninguém se metia com ninguém, sempre calma e em harmonia, mesmo nos bares. Como o Mágico não percebia a língua e tinha de entrar no castelo, o Mágico chegou ao castelo sem dizer o que lá ia fazer, mas as duas elfas anteciparam-se e fizeram lhe sinais de que ele podia subir. Assim foi, subiu e chegou ao segundo andar e deparou-se com uma lindíssima bruxa elfa. Era a Bruxa boa do Oeste. Esta disponibilizou-lhe toda a informação que ele pretendia e ainda lhe ofereceu reservas para continuar a sua viagem. Então, segundo a elfa, o Mágico tinha de seguir para Este que iria ter ao centro da terra do Paraíso. E assim foi, montou no seu cavalo e seguiu viagem por aqueles belos campos onde as crianças brincavam livremente.
No dia seguinte avistou pequenas casinhas de pedra com cores muito fortes como o vermelho. Era a civilização dos anões, umas criaturas muito espertas e cautelosas. Então o Mágico deu umas voltas às lojas e aos bares da zona e reparou que os anões falavam mal dele. Como eram criaturas muito cautelosas desconfiavam de tudo e de todos. Depois de comer, decidiu ir ao castelo que tinha visto quando saiu da loja Trolha, a loja de instrumentos de batalha. Chegou ao castelo, que só tinha um guarda à porta e pediu-lhe para falar com o seu rei, se é que havia um rei. Então o guarda disse lhe para o acompanhar. Enquanto caminhava no castelo, percebeu que este era parecido com um museu, cheio de livros velhos e rasgados. Quando chegou à sala do rei, este não se sentia entusiasmado por aquela visita e perguntou-lhe logo o que desejava. O Mágico contou-lhe a sua história e o rei no final ficou com uma boa impressão. O rei anão chamou dois guardas para os acompanharem até à sala mistério. O Mágico nem lhe quis perguntar do que se tratava, apenas se contentou em ficar calado perante tanto mistério. Passados cinco minutos a andar por tantas curvas, entraram nessa tal sala mistério. A sala era enorme e no seu centro habitava uma cadeira. Mal entraram na sala baixaram o tom de voz foi como se estivessem perante algo muito importante. O rei mandou-o sentar-se na cadeira e perguntar para si mesmo onde ficava a Quinta Vitalis. Assim foi, sentou-se e perguntou para sim mesmo. Mal acabou de fazer a pergunta a resposta veio-lhe logo à cabeça como se já a soubesse guardada. A Quinta Vitalis ficava no meio de uma grande floresta rodeada por um pântano e por um Peixe-dragão. O Mágico sabia que a quinta estava protegida, mas não sabia que iria ter de lutar com um Peixe-dragão, mesmo assim não desistiu da quinta e estava decidido em prosseguir viagem. O Mágico agradeceu a ajuda do rei e perguntou-lhe onde ficava a tal floresta. Quando ia a montar o seu cavalo, o rei anão foi ter com ele e ofereceu-lhe um grande fato impermeável e térmico que o aqueceria e o protegeria das grandes tempestades na floresta. Agradeceu mais uma vez seguiu viagem para a tal floresta onde se situava a Quinta Vitalis. O fato era uma prova clara de que os anões eram seres muito sábios e uma civilização muito avançada.
Depois de passar cinco dias a cavalgar no seu cavalo e já sem reservas, a meio do dia, avistou a grande floresta. A floresta do lado de fora parecia impenetrável, cheia de árvores com grandes espinhos e uma escuridão que o Mágico não conseguia ver nada. Mesmo assim não foi motivo para não continuar. Ao fim de algum tempo, encontrou uma entrada. A entrada era muito apertada e o seu cavalo não conseguia passar, teria de continuar a sua viagem sozinho pela floresta. Ao entrar na floresta, percebeu porque razão o rei anão lhe tinha dado o fato, estava muito frio, com ventos fortíssimos e muita chuva. Quando acabou de vestir o fato sentiu-se muito melhor, já não sentia o frio nem a chuva. Como já era um bocado tarde decidiu montar um abrigo debaixo de duas árvores com as lianas que encontrou, assim já se protegeria contra os mais diversos animais existentes no solo. Na manha seguinte, ainda com chuva intensa e ventos muito fortes, conseguiu encontrar alimento e prosseguir viagem. No fim de um dia e meio de viagem na floresta, a sobreviver à grande tempestade, o sol apareceu. As nuvens e o sol escuro desapareceram e deram lugar ao grande céu azul e às radiações brilhantes do sol. O Mágico ficou muito aliviado e logo a seguir viu uma pequena luz no fundo da floresta. Decidiu seguir essa luz e muito rapidamente ia aproximando-se dessa luz, até que descobriu de onde é que essa luz vinha. Na sua frente estava um belo pântano com a Qinta Vitalis no seu centro, cheia de macieiras todas muito arranjadas. Essa luz vinha do brilho de uma maçã da quinta e o Mágico sentou-se a observar aquela beleza natural. Não era assim tão natural porque as maçãs eram mágicas. Depois de umas horas sentado a observar a quinta, o Mágico não consegue arranjar solução para passar pelo pântano e decide ir à procura de alimento. Depois de várias voltas na floresta encontra maçãs, mas enquanto come ele vê um Rito. Um Rito era uma ave única, tinha um lindo corpo cheio de músculo e o seu tamanho era igual ao do seu cavalo. Para poder montar num Rito era preciso muita calma e com muita delicadeza dar-lhe de comer. Então o Mágico pegou em três maçãs e com muita delicadeza deu-lhas a comer. No fim de comer, o Rito fez lhe um aceno e o Mágico subiu dando-lhe sinais para ir para a Quinta Vitalis que ficava lá no fundo. Enquanto sobrevoava o pântano, avistou o tal Peixe-dragão, que era enorme, vermelho alaranjado e com uns lábios muito grandes. Quando aterrou no meio da Quinta e viu aquelas maçãs todas douradas, foi logo sentar-se à sombra de uma macieira e ficou ali até ao Rito se ir embora porque antes de partir o Rito ainda comeu algumas maçãs. Assim que o Rito acabou de comer, levantou-se e preparou-se para comer a maçã que o iria fazer rejuvenescer dez anos. Quando acabou de comer a maçã toda, olhou para o seu corpo e viu que as rugas já tinham desaparecido quase por completo e que a sua barriga já tinha encolhido também. Então comeu mais três maças e no final o resultado foi que tinha dezoito anos, o seu corpo era belo com os músculos definidos, era pequeno e com cabelo castanho escuro a condizer com as sobrancelhas. A sua cara estava toda em harmonia, o nariz, a boca, as orelhas, tudo. O fato que trazia vestido já lhe ficava um bocado largo, mas como não tinha mais nada para vestir, não o despiu. Depois de ver que já conseguia correr mais e que tinha mais vitalidade sentou-se na sombra e decidiu dormir para aproveitar mais uma vez os sonhos que tinha em criança. Depois de acordar, teve de fazer um esforço enorme para se levantar, lembrou-se também que era preguiçoso em criança, e depois de duas tentativas para se levantar, só à terceira é que conseguiu finalmente levantar-se. E assim, tinha agora o problema de sair dali com o Peixe-dragão. Como não podia usar os seus poderes Mágicos com o Peixe-dragão, começou a pensar numa solução. E no fim de algum tempo, decide ir buscar umas maçãs. Depois de ter as maçãs, chegou-se perto do pântano e o Peixe-dragão apareceu de imediato. Quando este abriu a boca, o Mágico atirou-lhe as maçãs para a boca e este começou a ficar cada vez mais pequeno e no fim ficou do tamanho de uma sardinha. O Mágico tinha se lembrado que quando era jovem era também muito esperto. Então agora, sem Peixe-dragão e com grande poder físico, começou a nadar até ao outro lado do pântano.
Quando chegou ao outro lado a floresta estava mais bela que antes. As folhas estavam mais claras, a terra era macia e já não era escura, o céu estava mais claro, parecia que a escuridão já tinha desaparecido totalmente. Agora tinha de voltar a passar a grande floresta mas agora seria muito mais fácil sem as chuvas e a escuridão. Conseguiu passar a floresta nessa mesma tarde, como já era jovem conseguiu passa-la a correr. No momento em que saiu da floresta avistou o seu belo cavalo. O Mágico foi ter com ele e deu-lhe a comer uma maçã também. O cavalo não ficou mais pequeno mas ficou mais atrevido e mais animado como se tivesse nascido pela segunda vez cheio de forças. Assim deitaram-se os dois naquela relva brilhante a olhar para o céu estrelado naquela noite.
Carlos Miguel 10ºB
Informações:
Herói: O mágico
Objectivo: A quinta
Indícios: A cadeira
Locais: O castelo
Obstáculo: Uma Tempestade
Inimigo: Um peixe
Amigo: Um cavalo
Final: Um céu estrelado