terça-feira, 2 de junho de 2009

Conto

Este é o conto do aluno David Varela nº10 10ºB

Conto

Era uma vez, numa floresta encantada uma criatura muito falada mas pouco vista, um gigante. O seu nome era Pherbs e vivia numa casa feita por si com muito trabalho, junto ao lago. Era uma casa humilde e convidativa onde vivia ele e o seu grande amigo, o pequeno gnomo, ou Gil, como era mais conhecido. Os dois passavam os dias a comer, a passear e a explorar a imensa floresta encantada onde viviam.
Certo dia, quando já tinham dado o seu passeio de rotina, Gil lembrou-se de um livro que o seu tetra tetra avô escrevera e que passara de geração em geração. Como Gil era o mais novo da ultima geração o livro estava consigo.
Quando o encontraram no baú coberto de pó abriram-no e leram o seu titulo ficaram logo entusiasmados.
- Ma…map…mapo.. – leu Pherbs com muita dificuldade.
-Mapa, lê-se mapa. Mapa do tesouro dos gnomos – corrigiu e leu Gil.
-Então, pelo que entendi a tua família tem um tesouro escondido – disse Pherbs
-Exacto. E sabes que mais? Vamos encontrá-lo juntos. Fazer uma exploração a sério como o Indiana Jones – exclamou Gil com grande entusiasmo.
Concordando, Pherbs ocupou-se a arranjar as malas enquanto que o pequeno gnomo começou a ler o livro.
Partiram então numa grande aventura dispostos a enfrentar todos os perigos e as noites escuras que existem na floresta encantada.
-Sabes Gil, com tanto entusiasmo e alegria que tu mostras com esse sorriso cativaste- - me e estou desejoso de chegar ao tesouro.
-Pois, sabes, quando se tem amigos como tu é impossível não estar alegre e com um tesouro para descobrir a vontade de explorar enche o nosso espírito.
Começou a escurecer na floresta e o gigante começou a ficar com medo. Decidiram então descansar durante a noite numa gruta escura e húmida onde se ouviam gotas a cair do tecto e o canto do vento a passar, o que ainda assombrava mais o gigante.
Pherbs não conseguia dormir e começou a ouvir passos a meio da noite. Acordou Gil, que muito chateado perguntou qual a razão do gigante ter interrompido o seu belo sono. Quando o seu companheiro lhe disse o que tinha ouvido ele mandou-o dormir afirmando que eram invenções da sua cabeça e confortou-o dizendo para não ter medo pois ele o protegeria de o que quer que fosse que os desafiasse.
Quando acordaram de manhã depararam-se com uns gigantes olhos pretos, uma boca enorme pronta para saborear duas guloseimas para o pequeno-almoço e umas garras tão grandes e tão afiadas que fizeram as pernas de Pherbs estremecer.
Com o tremer das pernas de Pherbs a gruta começou a abanar. Cheio de medo, Gil fugiu o mais rápido possível mal sentiu o bafo da boca do gato malhado que os queria comer.
Já fora da gruta os dois amigos olharam para ela e ainda conseguiam ver uma orelha do animal a mexer, aí começaram a correr ainda mais depressa e, quando já estavam bem longe pararam para recuperar o fôlego.
-Com que então protegias-me de tudo não é? – perguntou o gigante a Gil com um sorriso irónico.
-Bem, o que eu queria dizer na verdade era qualquer coisa, mas que fosse proporcional ao meu tamanho e que não metesse tanto medo. – respondeu o gnomo com um sorriso amarelo a querer surgir.
Continuaram então o seu caminho em direcção à montanha onde se encontrava o pote com ouro da família de Gil.

No outro canto da floresta está um ogre e o seu compincha gafanhoto que já há muito tempo desejam o pote com ouro. Fizeram de tudo às outras gerações de gnomos que tinham o livro com as indicações, até chegaram a torturar com cócegas a geração anterior à do grande amigo do gigante.
Nunca ninguém se havia aproximado do ogre. Todos tinham medo. Não dele mas que a sua beleza horrorosa fosse contagiosa.
Quando os dois compinchas souberam que o gnomo estava em busca do tesouro decidiram espontaneamente sair para impedir que ele o encontrasse.
Prepararam tudo à pressa e fizeram-se à estrada. Passadas algumas horas o gafanhoto começa a sentir um vazio no seu grande estômago. Pede ao ogre que lhe dê qualquer coisa para comer mas, quando o ogre olha para dentro da mala apenas vê um enorme rasgão no seu fundo. Com tanta pressa nem repararam que a mala que levaram era a que estava estragada. Com a ambiguidade de obter o tesouro nem voltaram para apanhar o que havia caído. Passaram dias e noites e eles sem nada para comer, até que, a dada altura, um desconhecido os chamou e ofereceu um gigantesco banquete que se estendia ao longo de uma mesa de madeira com vários metros de comprimento. Mesa essa cheia de frangos do tamanho de vacas, porcos tão rechonchudos como os troncos das mais grossas árvores da floresta encantada e muitos outros alimentos exageradamente grandes.
-Esta comidinha está mesmo boa! – exclamou o ogre.
-Podes ter a certeza. Nem sei por onde começar. Ah! Já sei. Podes passar-me o frango por favor? Mas escusas de pensar em tirar um bocadinho que seja. Não quero que me estragues as entradas. – Respondeu o gafanhoto.
-Entradas? Isso para mim dá para entradas, para prato principal e saídas. – advertiu o ogre.
-Sobremesa meu burro, sobremesa. Tenho que te ensinar tudo, está visto. – corrigiu o pequeno animal.
Passados alguns minutos e depois de desaparecer muita comida para a barriga dos vilões o desconhecido gigante exclamou:
Bem, já comeram e agora está na hora de dormir. O veneno deve fazer efeito em 3…2…1, já!
No momento em que o gigante diz “já” os dois compinchas caem no chão e lá ficam por várias horas.
-Ainda falta muito? – Perguntou o gigante pela milionésima vez ao gnomo.
-Não. Já estamos quase a chegar – informou o pequeno amigo.
À medida que eles andavam a montanha ia ficando cada vez mais nítida, aumentando a sua vontade de chegar lá. Pelo menos a do grande explorador, o pequeno gnomo, já que o gigante se começava a queixar das pernas. Decidiram então acampar ali, exactamente onde estavam pois Pherbs não aguentava mais. Adormeceram então e desta vez nenhum barulho iria deixar o gigante com insónias, pois cansado como ele estava mal se deitou começou logo a ressonar e só acordou quando tinha todas as forças totalmente recuperadas.
No dia seguinte continuaram a sua caminhada cheios de energia e de alegria mas, como o gigante tinha voltado ao seu estado natural qualquer barulho, por muito baixinho que fosse, assustava o grande medroso.
-Finalmente! – exclamou Gil.
-Gil, acho que ouvi qualquer coisa a mexer atrás daquele arbusto – disse Pherbs muito assustado.
-Olha, cala-te e vai ler o que diz aquela tabuleta – ordenou o pequenote.
-Mon...monta…monta me…monta me por…monta me por cima – leu o gigante.
-O quê? O que é que estás para aí a dizer? Montanha por cima – corrigiu Gil vendo a tabuleta e uma seta a apontar para cima.
Prepararam o seu material de escalada e puseram-se a caminho.
Quando acordaram, o ogre e o seu compincha rapidamente começaram a correr em direcção à montanha para impedir que o gnomo ficasse com o ouro.
Apanharam boleia de um cavalo que ia a passar, mas este apenas deu boleia ao pequeno gafanhoto pois não deixou uma coisa tão feia como aquela andar no seu dorso. Assim sendo o feio animal aproveitou a boleia de um rinoceronte que ali passava. Surpreendentemente o rinoceronte chegou antes que o cavalo à montanha, mas, numa floresta encantada tudo pode acontecer.
Ao olharem para cima avistaram os dois amigos que iam em busca do ouro. Sem terem a sua mala não tinham material de escalada, o que era preocupante mas, ao olharem para o lado viram umas escadas de madeira e cordas que cercava a montanha até ao topo e ficaram a olhar um para o outro como que a perguntar por que carga de água estavam aqueles dois a ter tanto trabalho.
Subiram, e quando chegaram ao pé do gnomo e do gigante que já tinham encontrado o pote, já cansados, ordenaram que lhes dessem o livro e o ouro. Os dois amigos sem saberem como fugir olharam à sua volta à procura de uma solução até que…Miau! Surge um gato malhado do topo da montanha à procura do gigante que lhe parecia tão delicioso. O gato, ao olhar para o ogre que estava junto do seu almoço assustou-se e começou a fugir. O gnomo agarrou no ouro e no gigante e puxou-o para cima do gato malhado, aproveitando a boleia para o fundo da montanha. Ao chegarem lá a baixo o gato abriu a sua gigante bocarra, que fazia o verdadeiro gigante ficar minúsculo, e dirigiu-se a ele com uma fome imensa, até que, um intenso cheiro lhe chega ao nariz. Um aroma a peixe feito na fogueira com cobertura de molho de rato, lhe despertou a atenção. Era o amigo de Pherbs, Gil, que o salvou de uma digestão incomodativa no estômago do gato.
Ao ouvirem os dois compinchas descerem a montanha aos gritos a ordenarem que lhes dessem o ouro e o livro montaram de novo no gato e fugiram até à humilde casa do gigante onde estava o seu irmão, que havia adormecido os dois vilões, à sua espera com grande parte dos animais da floresta encantada para os felicitar da sua bem sucedida exploração. Fizeram uma grande festa onde todos se divertiram e comeram à farta, mas desta vez sem veneno que os poria a dormir.
O gigante (herói mariquinhas), depois da festa, encarregou-se de esconder num local bem seguro o pote de ouro, enquanto que o gnomo ficou na sua casa a escrever um novo livro com indicações para chegar até ele. Os vilões nunca mais os chatearam pois toda a floresta estava à procura deles para lhes ensinar uma valente lição e assim viveram todos felizes para sempre (com excepção aos vilões).


David Varela nº10 10ºB

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