terça-feira, 2 de junho de 2009

Quinta Vitalis [Corrigido]

Para a produção dos contos da turma, os contos foram condicionados a diferentes informações do tipo: herói, local, indicio, obstáculo, inimigo, amigo, final. Assim cada aluno na aula de Português teve de escolher uns cartões onde se encontravam os condicionantes do conto, portanto cada conto será diferente de acordo com a imaginação de cada aluno e das informações que lhe saíram.

Este é o conto do aluno Carlos Miguel do 10ºB.

Vitalis no Paraíso

No tempo em que ainda existiam Mágicos e Bruxas, havia uma terra chamada Paraíso. Era governada por quatro bruxas, a Bruxa do Norte, a Bruxa do Sul, a Bruxa do Oeste e a Bruxa do Este. Duas destas bruxas são bruxas boas, a do Oeste e a do Este. Cada uma tinha a sua civilização e todas elas queriam ter mais poder. Mas no centro dessa terra havia uma parte neutra, onde viviam os anões. Estes anões eram seres muito sábios e cautelosos, era por isso que as bruxas más do norte e do sul não tentavam apoderar-se das suas terras. Um dia um Mágico já de idade, vindo de muito longe, foi à procura da Qinta Vitalis na terra do Paraíso. A Quinta Vitalis era uma quinta cheia de macieiras, uma vez comida uma maçã daquela quinta qualquer pessoa rejuvenescia dez anos. Mas poucas pessoas conheciam a quinta e as que sabiam recusavam-se a dizer onde ficava.

Quando o Mágico entrou na terra do Paraiso, não sabia onde se encontrava a quinta pois não conhecia nada daquilo, sabia apenas que a Quinta Vitalis ficava no centro da terra do Paraiso.Como não sabia onde se encontrava decidiu dar uma volta à zona em que estava, sentado no seu belo cavalo. Assim avistou uma civilização, onde as cabanas eram feitas de palha e de peles de animais e lá no fundo havia um belo castelo, cheio de guardas com corpos de cebola. Então o Mágico decidiu ir dar uma vista de olhos ao castelo e saber onde se encontrava. Mal chegou perto dos guardas, estes impediram-no de continuar, mas ele, como Mágico, congelou-os num piscar de olhos. Estava tão decidido em encontrar a quinta que não se preocupava com cebolas falantes. Subiu ao terceiro andar do castelo, depois de congelar mais umas quantas cebolas, encontrou uma bruxa. Era a Bruxa má do Sul. Esta bruxa era muito interesseira e mal criada e disse-lhe que só lhe dava informações se ele lhe desse qualquer coisa. E assim foi, tirou do seu bolso uma saqueta com ouro em pó e deu-lhe para a mão visto que tinha de saber onde se encontrava a quinta e os aldeões não sabiam. A bruxa disse-lhe que ele se encontrava na zona sul da terra do Paraíso. E como o Mágico ficou esclarecido, seguiu o seu caminho, desta vez para norte da terra do Paraíso, com o seu cavalo.

Passados dois dias da sua viagem, vendo belos campos e florestas, avistou uma nova civilização. Esta civilização era muito diferente da outra. Nesta habitavam elfos muito ágeis e na sua zona sobressaíam as cores claras como o branco e o verde. As suas casas eram feitas de porcelana com muitos efeitos. Depois de dar várias voltas àquela zona calma, o Mágico viu um belíssimo castelo ainda mais belo que o da civilização do sul, cheio de diamantes e esmeraldas. Neste castelo apenas havia duas elfas à porta, de guarda. Era uma zona muito respeitada e com grande disciplina, onde ninguém se metia com ninguém, sempre calma e em harmonia, mesmo nos bares. Como o Mágico não percebia a língua e tinha de entrar no castelo, o Mágico chegou ao castelo sem dizer o que lá ia fazer, mas as duas elfas anteciparam-se e fizeram lhe sinais de que ele podia subir. Assim foi, subiu e chegou ao segundo andar e deparou-se com uma lindíssima bruxa elfa. Era a Bruxa boa do Oeste. Esta disponibilizou-lhe toda a informação que ele pretendia e ainda lhe ofereceu reservas para continuar a sua viagem. Então, segundo a elfa, o Mágico tinha de seguir para Este que iria ter ao centro da terra do Paraíso. E assim foi, montou no seu cavalo e seguiu viagem por aqueles belos campos onde as crianças brincavam livremente.

No dia seguinte avistou pequenas casinhas de pedra com cores muito fortes como o vermelho. Era a civilização dos anões, umas criaturas muito espertas e cautelosas. Então o Mágico deu umas voltas às lojas e aos bares da zona e reparou que os anões falavam mal dele. Como eram criaturas muito cautelosas desconfiavam de tudo e de todos. Depois de comer, decidiu ir ao castelo que tinha visto quando saiu da loja Trolha, a loja de instrumentos de batalha. Chegou ao castelo, que só tinha um guarda à porta e pediu-lhe para falar com o seu rei, se é que havia um rei. Então o guarda disse lhe para o acompanhar. Enquanto caminhava no castelo, percebeu que este era parecido com um museu, cheio de livros velhos e rasgados. Quando chegou à sala do rei, este não se sentia entusiasmado por aquela visita e perguntou-lhe logo o que desejava. O Mágico contou-lhe a sua história e o rei no final ficou com uma boa impressão. O rei anão chamou dois guardas para os acompanharem até à sala mistério. O Mágico nem lhe quis perguntar do que se tratava, apenas se contentou em ficar calado perante tanto mistério. Passados cinco minutos a andar por tantas curvas, entraram nessa tal sala mistério. A sala era enorme e no seu centro habitava uma cadeira. Mal entraram na sala baixaram o tom de voz foi como se estivessem perante algo muito importante. O rei mandou-o sentar-se na cadeira e perguntar para si mesmo onde ficava a Quinta Vitalis. Assim foi, sentou-se e perguntou para sim mesmo. Mal acabou de fazer a pergunta a resposta veio-lhe logo à cabeça como se já a soubesse guardada. A Quinta Vitalis ficava no meio de uma grande floresta rodeada por um pântano e por um Peixe-dragão. O Mágico sabia que a quinta estava protegida, mas não sabia que iria ter de lutar com um Peixe-dragão, mesmo assim não desistiu da quinta e estava decidido em prosseguir viagem. O Mágico agradeceu a ajuda do rei e perguntou-lhe onde ficava a tal floresta. Quando ia a montar o seu cavalo, o rei anão foi ter com ele e ofereceu-lhe um grande fato impermeável e térmico que o aqueceria e o protegeria das grandes tempestades na floresta. Agradeceu mais uma vez seguiu viagem para a tal floresta onde se situava a Quinta Vitalis. O fato era uma prova clara de que os anões eram seres muito sábios e uma civilização muito avançada.

Depois de passar cinco dias a cavalgar no seu cavalo e já sem reservas, a meio do dia, avistou a grande floresta. A floresta do lado de fora parecia impenetrável, cheia de árvores com grandes espinhos e uma escuridão que o Mágico não conseguia ver nada. Mesmo assim não foi motivo para não continuar. Ao fim de algum tempo, encontrou uma entrada. A entrada era muito apertada e o seu cavalo não conseguia passar, teria de continuar a sua viagem sozinho pela floresta. Ao entrar na floresta, percebeu porque razão o rei anão lhe tinha dado o fato, estava muito frio, com ventos fortíssimos e muita chuva. Quando acabou de vestir o fato sentiu-se muito melhor, já não sentia o frio nem a chuva. Como já era um bocado tarde decidiu montar um abrigo debaixo de duas árvores com as lianas que encontrou, assim já se protegeria contra os mais diversos animais existentes no solo. Na manha seguinte, ainda com chuva intensa e ventos muito fortes, conseguiu encontrar alimento e prosseguir viagem. No fim de um dia e meio de viagem na floresta, a sobreviver à grande tempestade, o sol apareceu. As nuvens e o sol escuro desapareceram e deram lugar ao grande céu azul e às radiações brilhantes do sol. O Mágico ficou muito aliviado e logo a seguir viu uma pequena luz no fundo da floresta. Decidiu seguir essa luz e muito rapidamente ia aproximando-se dessa luz, até que descobriu de onde é que essa luz vinha. Na sua frente estava um belo pântano com a Qinta Vitalis no seu centro, cheia de macieiras todas muito arranjadas. Essa luz vinha do brilho de uma maçã da quinta e o Mágico sentou-se a observar aquela beleza natural. Não era assim tão natural porque as maçãs eram mágicas. Depois de umas horas sentado a observar a quinta, o Mágico não consegue arranjar solução para passar pelo pântano e decide ir à procura de alimento. Depois de várias voltas na floresta encontra maçãs, mas enquanto come ele vê um Rito. Um Rito era uma ave única, tinha um lindo corpo cheio de músculo e o seu tamanho era igual ao do seu cavalo. Para poder montar num Rito era preciso muita calma e com muita delicadeza dar-lhe de comer. Então o Mágico pegou em três maçãs e com muita delicadeza deu-lhas a comer. No fim de comer, o Rito fez lhe um aceno e o Mágico subiu dando-lhe sinais para ir para a Quinta Vitalis que ficava lá no fundo. Enquanto sobrevoava o pântano, avistou o tal Peixe-dragão, que era enorme, vermelho alaranjado e com uns lábios muito grandes. Quando aterrou no meio da Quinta e viu aquelas maçãs todas douradas, foi logo sentar-se à sombra de uma macieira e ficou ali até ao Rito se ir embora porque antes de partir o Rito ainda comeu algumas maçãs. Assim que o Rito acabou de comer, levantou-se e preparou-se para comer a maçã que o iria fazer rejuvenescer dez anos. Quando acabou de comer a maçã toda, olhou para o seu corpo e viu que as rugas já tinham desaparecido quase por completo e que a sua barriga já tinha encolhido também. Então comeu mais três maças e no final o resultado foi que tinha dezoito anos, o seu corpo era belo com os músculos definidos, era pequeno e com cabelo castanho escuro a condizer com as sobrancelhas. A sua cara estava toda em harmonia, o nariz, a boca, as orelhas, tudo. O fato que trazia vestido já lhe ficava um bocado largo, mas como não tinha mais nada para vestir, não o despiu. Depois de ver que já conseguia correr mais e que tinha mais vitalidade sentou-se na sombra e decidiu dormir para aproveitar mais uma vez os sonhos que tinha em criança. Depois de acordar, teve de fazer um esforço enorme para se levantar, lembrou-se também que era preguiçoso em criança, e depois de duas tentativas para se levantar, só à terceira é que conseguiu finalmente levantar-se. E assim, tinha agora o problema de sair dali com o Peixe-dragão. Como não podia usar os seus poderes Mágicos com o Peixe-dragão, começou a pensar numa solução. E no fim de algum tempo, decide ir buscar umas maçãs. Depois de ter as maçãs, chegou-se perto do pântano e o Peixe-dragão apareceu de imediato. Quando este abriu a boca, o Mágico atirou-lhe as maçãs para a boca e este começou a ficar cada vez mais pequeno e no fim ficou do tamanho de uma sardinha. O Mágico tinha se lembrado que quando era jovem era também muito esperto. Então agora, sem Peixe-dragão e com grande poder físico, começou a nadar até ao outro lado do pântano.

Quando chegou ao outro lado a floresta estava mais bela que antes. As folhas estavam mais claras, a terra era macia e já não era escura, o céu estava mais claro, parecia que a escuridão já tinha desaparecido totalmente. Agora tinha de voltar a passar a grande floresta mas agora seria muito mais fácil sem as chuvas e a escuridão. Conseguiu passar a floresta nessa mesma tarde, como já era jovem conseguiu passa-la a correr. No momento em que saiu da floresta avistou o seu belo cavalo. O Mágico foi ter com ele e deu-lhe a comer uma maçã também. O cavalo não ficou mais pequeno mas ficou mais atrevido e mais animado como se tivesse nascido pela segunda vez cheio de forças. Assim deitaram-se os dois naquela relva brilhante a olhar para o céu estrelado naquela noite.

Carlos Miguel 10ºB

Informações:

Herói: O mágico

Objectivo: A quinta

Indícios: A cadeira

Locais: O castelo

Obstáculo: Uma Tempestade

Inimigo: Um peixe

Amigo: Um cavalo

Final: Um céu estrelado

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